Bitcoin
Provavelmente você já ouviu falar em bitcoin – se nunca ouviu, tem uma página bem completa na Wikipedia. Ela nada mais é que uma moeda virtual criada para ser utilizada em transações financeiras na internet, sem que haja intermediação de bancos ou outras autoridades do ramo financeiro. O sistema é aberto a qualquer pessoa e não possui um “dono” ou comunidade reguladora.

O modelo de negócios tem crescido consistentemente na rede, o que tem atraído os olhares de empresários de e-commerce e de jogos online. Já há a possibilidade de que os bitcoins possam ser usados em games na internet, além de trocas entre jogadores.

O modelo funciona de forma simples. Para efetuar uma compra de um produto, o consumidor, que possui um ou mais bitcoins, realiza uma transferência entre “carteiras digitais” com o fornecedor ou loja que irá comercializar o produto. Essas “carteiras digitais” devem estar instaladas no computador, tablet ou celular de ambos para que o negócio possa ser fechado. As carteiras são gerenciadas por softwares, que são os clientes de bitcoin.

Segundo a última cotação realizada em fevereiro, um bitcoin equivale a R$ 1.600. Já existem agências de câmbio que efetuam a troca de reais, dólares e euros por bitcoin.

Para efetuar a transação, além da transferência entre as “carteiras digitais”, o mesmo software cria um endereço eletrônico formado por números e letras, para que o fornecedor receba o pagamento. Esse endereço é utilizado para idenficar a parte pública de um par de chaves digitais. A partir daí, uma equipe batizada de “mineradores” tentam encontrar uma sequência numérica que se somará às informações sobre transações feitas por bitcoin. O resultado disso será o que chamam de “hash”, um código que deve ser aceito pela rede das transações com a moeda.

Vale lembrar que todas as transações feitas por bitcoin são públicas. Elas se juntam em um grande bloco, juntas com outras transações realizadas por outros usuários da internet.

A principal vantagem por trás dos bitcoin são as taxas de transação, que são mais baratas que as cobradas por operadoras de cartão de crédito, por exemplo. Além disso, não há um governo central que possa influenciar com questões políticas ou financeiras o destino da moeda.

No entanto, ela também possui algumas desvantagens. Uma delas é a possibilidade de manipulação, caso alguém controle grande parte dos “mineradores”. Outra questão está relacionada à instabilidade do valor dos bitcoin.

A maior preocupação dos usuários, porém, são os hackers. Golpes como phishing, segundo a PSafe, são um dos que mais atingem os internautas. Com isso, eles podem roubar dados e informações do PC da vítima, inclusive os bitcoin. E-mails e redes sociais são os ambientes mais utilizados pelos cibercriminosos para fazer vítimas. Eles utilizam links e mensagens simples, que facilmente enganam os usuários.

No Brasil, o Banco Central divulgou em fevereiro uma nota de esclarecimento sobre esse tipo de moeda virtual. Além dos perigos que ela pode implicar, a autoridade monetária deixou claro que não se responsabiliza por possíveis perdas relacionadas aos bitcoins.